sexta-feira, 3 de abril de 2015

Mensagem Episcopal de Páscoa

Já estou crucificado com Cristo; e vivo, não mais eu, mas Cristo vive em mim; e a vida que agora vivo na carne, vivo-a pela fé do Filho de Deus, o qual me amou, e se entregou a si mesmo por mim. Gálatas 2:20

No Domingo de Ramos ou da Paixão, iniciou uma caminhada simbólica, litúrgica e espiritual. Jesus reconhecido como “rei” segue o caminho até a Cruz, sobre a qual estava escrito: “Jesus de Nazaré, Rei dos Judeus”. Na Quinta Feira Santa, lembramos Ceia Pascal e do Lavapés, momento em que Jesus mostra o sentido do serviço e reparte seu Corpo e Sangue para que sirvam como refeição de unidade, fortalecimento e esperança. No Sábado, raramente lembrado, acontece a vigília, a espera, a expectativa. No Domingo da Páscoa, Domingo da Ressurreição, se dá a passagem da morte para a vida, do desespero para a esperança, da desgraça para a Graça. Na Páscoa começa um novo caminho, o caminho que todas as pessoas que amam a vida são convidadas, por Cristo, a percorrer. 
Na ordenação feminina também houve uma longa caminhada. A Semana Santa das mulheres, rumo ao ministério ordenado na IEAB demorou 10 anos, entre 1975 e 1984 (primeira vez em que foi tratado o assunto em um Sínodo e a aprovação). A Páscoa foi em 5 de Maio de 1985, quando foi ordenada diácona nossa Revda. Cônega Carmen Etel Alves Gomes. Então, inicia-se a segunda parte da caminhada, cujos frutos já vemos nas reverendas, nos assuntos que as mulheres têm trazido para a reflexão teológica e pastoral na IEAB, e nas perspectivas futuras rumo ao episcopado (ainda não ocupado por uma mulher).
Na autonomia, a caminhada da Semana Santa foi entre 1940 - quando foi sagrado o primeiro bispo brasileiro, Dom Athalício Theodoro Pithan - e a autonomia em 1965 (nossa Páscoa como IEAB). A segunda parte da caminhada vai sendo percorrida até agora, no desafio de sermos uma igreja sustentável, evangelizadora e missionária, encarnada na história, na vida e na cultura do povo brasileiro. 
A Igreja se reencontra na Páscoa com seu sentido de ser e de agir. Este dom também é oferecido a cada pessoa. Venham, façamos mais uma vez o caminho da proclamação, da partilha, da morte, da vigília e da ressurreição, para que possamos estar em Cristo e vencer com Cristo. Vivamos este tempo de Ressurreição, fortalecendo nossa esperança!

+Dom Humberto Eugenio Maiztegui Gonçalves
Bispo Diocesano

Nenhum comentário:

Postar um comentário